Passamos nossa lua de mel no México e começamos com um roteiro de 3 dias em Cidade do México.
Nós chegamos na cidade no início da tarde numa segunda-feira, ainda mega cansados do casamento (casamos sábado, embarcamos domingo para a lua de mel) e com o jet leg pesando. Então, nosso primeiro dia de viagem foi de descanso e explorar a região do hotel e comprar os ingressos para a lucha libre.
Compramos os ingressos em um totem automático da Ticketmaster, empresa oficial de venda desses tickets, na loja Mixup Génova, que ficava bem pertinho do nosso hotel. Você pode consultar preços e datas, além de comprar antecipadamente, no nesse link.
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Dia 01 (terça-feira)
Nosso primeiro dia de viagem real dedicamos para conhecer as ruínas aztecas do sítio arqueológico Teotihuacan, um passeio que tomou boa parte do dia. Aliás, a dica é ir logo pela manhã, evitando assim a massa de turistas que visita as ruínas com excursões.
Saímos do hotel após o café da manhã, pegamos o metrô sentido à rodoviária e de lá fomos de ônibus até Teotihuacan. É muito tranquilo fazer esse passeio por conta se você é acostumado a se virar em viagens, além de ser significativamente mais barato:
Indo de ônibus para Teotihuacan
Seguimos de metrô pela linha amarela até a Estação Autobuses del Norte (Terminal Norte), onde já nos deparamos com o terminal e os guichês para compra de passagem. Procuramos, então, nos guichês qual fazia a linha até lá e não tem segredo, pois está escrito Teotihuacan na placa. O único detalhe é que na hora de comprar a passagem você precisa dizer que quer ir até as pirâmides.
Passagem comprada, o atendente vai te indicar qual o local de embarque e basta entrar na fila, aguardar o ônibus e embarcar. A viagem leva cerca de 45 min.
O ônibus deixa os visitantes no portão 1 e parte do portão 3, sendo que tem ônibus saindo do terminal e partindo das pirâmides a cada meia hora.
Chegou a hora de partir e ficou com dúvida de onde esperar o ônibus? Pergunte! Os mexicanos que trabalham nesses locais turísticos costumam ser muito simpáticos.
Passeio nas ruínas de Teotihuacan e almoço
Chegamos no sítio arqueológico, compramos nossos ingressos na bilheteria e iniciamos o passeio pela cidade de pedra. Ficamos encantados com a grandiosidade de tudo por ali e da lógica criada naquela construção.
Depois de 3 horas, caminhar muito e subir a pirâmide do sol (não tivemos coragem de encarar mais uma subida na pirâmide da lua, mesmo esta sendo menor), seguimos para a saída, mas não sem antes dar uma olhada nas lojinhas de artesanato que estrategicamente ladeiam o caminho até o portão.
Como já era tarde, resolvemos procurar um lugar para almoçar e seguimos até o restaurante que vimos num panfleto (El Ranchito). Fomos com um pé atrás esperando que fosse caro e meio pega turista, mas foi uma surpresa muito boa tanto no ambiente como na comida autêntica que experimentamos.
Saímos do restaurante e fomos esperar o ônibus para voltarmos à Cidade do México. Chegamos ao hotel já no fim da tarde, só em tempo de tomar banho e sair para jantar por ali mesmo, pois tínhamos ingressos para a Lucha Libre naquele mesmo dia.
Lucha Libre na Arena México
Nossa ideia era ir de metrô até a Arena México, onde acontecem as lutas, mas chegando na estação estava superlotada e impossível de embarcar, então decidimos ir caminhando e foi muito tranquilo.
Ao chegar apresentamos os tickets e entramos na Arena em busca dos nossos lugares, como estava pouco movimentado foi bem fácil se localizar. Rapidamente você lembra que a luta na verdade é um teatro muito bem feito, mas todos os elementos de um evento de luta estão presentes e é muito divertido ver as coreografias e a rivalidade que é cativada no público pelos lutadores. Foi uma das experiências mais legais que tivemos por lá!
Dia 02 (quarta-feira)
Mais uma vez nosso dia começou no café da manhã do hotel, seguido do metrô. Fomos para a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, um dos nossos motivos para ir à Cidade do México. A viagem de metrô do centro até a Basílica dura uns 25 minutos e você ainda precisa andar 2 quadras para chegar lá.
Geralmente é uma boa opção ir à Teotihuacan e na volta conhecer a Basílica por estar no trajeto e com isso otimizar o dia. Nós só não fizemos isso porque tínhamos comprado os tickets para a Lucha Libre no mesmo dia.
Santuário de Guadalupe
O Santuário em homenagem à padroeira do México é um dos mais visitados no mundo. Hoje abriga a Basílica velha que sofreu com o afundamento do terreno e, por isso, ficou fechada por anos, sendo reaberta em 2001. Esse incidente ainda deu origem à Basílica Nova construída logo ao lado.
É na nova construção que está exposta a tilma de Juan Diego Cuauhtlatoatzin com a estampa de Nossa Senhora de Guadalupe. Preciso dizer que a emoção aqui foi inexplicável, impossível pra mim conter as lágrimas. Se você quiser conhecer a história da Virgem de Guadalupe, dá uma olhada aqui.
Além das basílicas, o santuário ainda tem museu, loja sacra e em determinadas épocas uma feira de artigos religiosos. Logo ao lado tem também um mercado público que vale conhecer.
Nosso passeio por lá acabou no final da manhã, seguimos então ao metrô para voltarmos ao centro da cidade e fomos direto almoçar em um restaurante bem local.
O coração da Cidade do México
Aproveitamos o começo da tarde para explorar o centro da cidade, além de dar aquela paradinha em algumas lojas. Passamos pela Casa de los Azulejos, Museu de Belas Artes, Catedral Metropolitana e pelos prédios e monumentos do Zócalo (praça central da cidade).
Aproveitamos muito para caminhar descobrindo essa região, parando em lojas bem locais e entendendo melhor o fluxo da cidade, algo que amamos fazer.
Já no fim do dia pegamos uma chuva muito louca (tirando do roteiro os Murais de Diego Rivera) e encerramos o passeio precisando voltar de táxi para o hotel.
Depois do banho de chuva, fomos tomados pelo cansaço, então só tomamos um banho, colocamos uma roupa seca e saímos para comer algo pertinho do hotel.
Dia 03 (quinta-feira)
Nosso dia começou no café da manhã do hotel com algo especial, nos foi oferecido experimentar um prato típico mexicano, o tamal, feito na hora. A cozinheira serviu numa mesa ao lado e com nossa curiosidade em saber o que era, ela insistiu em nos fazer um também. Numa comparação bem boba, o tamal parece uma pamonha.
Museo Frida Kahlo
Saímos depois do café para conhecer La Casa Azul, como é chamado o Museo Frida Kahlo. Ele fica em uma região charmosinha de Cidade do México, no bairro de Colonia del Carmen, por isso pegamos o metrô até uma estação próxima do museu e terminamos o caminho a pé, andando cerca de 15 minutos.
Chegando no museu já nos deparamos com uma fila considerável onde ficamos por meia hora até chegar nossa vez. É bom avisar aqui que o número de visitantes por dia é limitado, assim super recomendamos que você se programe para começar o dia por lá. (Comprar online é a melhor opção. Veja aqui os valores.)
Na hora de comprar os ingressos nós adquirimos também uma permissão para fotografar. Sim, só quem paga uma taxinha adicional e ganha um adesivo para exibir pode tirar fotos no museu.
La Casa Azul
O passeio inclui as dependências internas e externas da casa onde Frida morou, até o mais importante e icônico que é o quarto adaptado onde ela pintava. Realmente é surreal visitar o museu, mas eu recomendo fortemente que antes de fazer esse tour você assista o filme que conta a história da artista para conseguir se ambientar melhor.
Quando estivemos lá ainda havia uma exposição de roupas e itens usados pela artista, além de trajes típicos relacionados à sua história e peças de grandes estilistas, como Jean Paul Gaultier e Ricardo Tisci, desenvolvidas com inspiração em Frida. Essa exposição era uma iniciativa da Vogue e rodou o mundo depois, tendo inclusive vindo ao Brasil.
Cordialidade mexicana
Depois do museu seguimos pelas ruas do bairro em busca de um lugar para almoçar e acabamos optando por um shopping próximo (em busca de um caixa eletrônico).
Pegamos um táxi achando que era longe, mas nos enganamos e mal rodamos por 5 minutos e chegamos no destino. Ainda assim, essa corrida ficou marcada na nossa memória: o taxista perguntou de onde éramos e porque estávamos ali, depois de respondermos ele começou a contar o quanto amava a cultura brasileira, nossas músicas e artes plásticas, além do povo brasileiro ser tão parecido com o mexicano. No final, não nos deixou pagar a corrida de jeito algum, por sermos recém-casados e ele ter gostado da gente. A verdade é que a corrida seria super barata, algo em torno de R$5, mas o gesto dele é o tipo de coisa que tem valor inestimável.
Chegamos no Pátio Universidad, paramos no caixa eletrônico e fomos almoçar no Palácio Restaurante, lugar mais arrumado e com um público mais “seleto” (hahahah), nada turístico e um pouco mais caro, mas a comida estava ótima.
Mercado de artesanias
Saímos do restaurante e atravessamos a cidade em uma viagem de 1 hora de metrô até o Mercado de Artesanias de la Ciudadela. Aqui eu me perdi! Eu já amo uma feira local, mas essa foi a melhor feira de artesanatos que eu conheci.
Óbvio que tinha muito souvenir daqueles bem “fui ao México e lembrei de você”, mas tinha muita coisa diferente e interessante, como as catrinas e caveiras mexicanas, cerâmica pintada à mão, mantas e bolsas bordadas também à mão. Aliás, uma parte especial do passeio é ver algumas coisas sendo produzidas ali mesmo.
Passamos o resto da nossa tarde por lá até o mercado fechar (o que acontece às 19h) e fomos direto pro hotel, afinal estávamos cheios de sacolas porque é irresistível comprar lembranças e decorações no mercado, trouxe várias coisinhas.
Depois de um dia super cansativo e de muitos quilómetros andados, fomos jantar pertinho do hotel mesmo em um KFC e encerramos o dia.
Dia 04 (sexta-feira)
No dia seguinte nós só voltamos até a feira de artesanato buscar uma sacola que tínhamos esquecido, compramos mais umas lembranças e voltamos para o hotel buscar as malas, fazer check out e seguir para o aeroporto.
Por isso desconsideramos o último dia, deixando nosso roteiro dos três dias inteiros que tivemos em Cidade do México.
O que faltou fazer no nosso roteiro de 3 dias em Cidade do México?
Nosso roteiro de 3 dias em Cidade do México inicialmente incluía conhecer o Bosque e o Castelo de Chapultepec, porém não deu tempo. Também não conseguimos fazer o passeio de barco em Xochimilco, algo muito tradicional e que parece incrível.
Ainda bem que nós dois voltamos embora com muita vontade de voltar pra lá e passar mais tempo no México!
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